
Mas, ao contrário do personagem de Nick Hornby, o guitarrista Carlos Nishimiya, ex-proprietário da saudosa Sweet Jane Records (loja de discos que funcionou na av. Paulista entre 1989 e 2000), resolveu fazer uso das influências que absorveu.
O Surfadelica, sua banda titular, formada em São Paulo em 2007, faz um interessante exercício de estilo baseado na surf music do começo dos 1960.
No formato power trio, o guitarrista costura elegantes progressões melódicas à Dick Dale, diluídas em riffs estrondosos e efeitos variados como distorção, overdubs e sintetizadores.
As referências à surf music tradicional tornaram-se rarefeitas no segundo álbum da banda, chamado "Search and Not Destroy".
O Surfadelica não perde de vista que, como poucos se lembram, a surf music nasceu na garagem, tal qual o rock psicodélico.
"A partir de 1967, passaram-se uns 20 anos em que não se criou nada de interessante em surf music. Ela perdeu seu lado rock e acabou virando uma coisa meio kitsch, tipo música de elevador", avalia o guitarrista Carlos Nishimiya.
Paralelamente ao Surfadelica, o guitarrista ainda toca no Continental Combo, dedicado à música folk, e no Kid Vinil Xperience, que acaba de lançar um disco de versões, chamado "Time Was".
A parceria com Kid Vinil vem desde os tempos de Sweet Jane, da qual o radialista era freguês. Nishimiya, inclusive, produziu e tocou em "Na Honestidade" (2002), disco de retorno da banda Magazine, aquela do hit "Sou Boy" (1983).
SEARCH AND NOT DESTROY
ARTISTA Surfadelica
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Fonte : folha.com
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